24 novembro 2012

Modernidade suburbana

Ah, menina
que saudade dos teus cabelos
espalhados na cama, no lençol

quero ouvir  teus apelos
para que eu fique um pouco mais
não há trabalho
não há dinheiro
que pague tua nudez enroscada na minha coxa

visão mais sublime
teus seios arfando de prazer
teus gemidos inigualáveis
teu corpo dissolvendo em orgasmos

quando me tocas
quase me esqueço
das contas a pagar
do período que vai vencer
do celular com chamadas perdidas
da minha cônjuge e do teu

me lembro do cigarro que acabou
da adolescência atrás dos carros
esqueço que me largou por ser pobre
e que casei quando engravidei a prima distante

naquelas 3 horas
você é minha mulher
eu sou teu homem
e nada mais existe além do futuro que sonhávamos
quando namoramos no ginásio


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